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FENDAS DA MATA
fresta pinçada
um sonho entre-exposto nos lábios -
espécie de arraieira que se molda entre os dedos -
pimpolho olho mirando o estranho,
no mistério de léguas fechado em pulmões
A matéria de pluma saltitante
os frouxos cintilares daquelas vozes
em matas verdes se abrindo ao Sol
ventre roliço e macio, frios distantes
do pé de orelha
tempestades de reflexos ofuscados
pelas teias de aranha
festa apontada
um pingo de saliva em cascata -
espécie de Pitonisa que se desenha nos fios -
nódoas de nóis violando o contorno,
nas gomas do cheiro em terra pisada:
o estojo de areia tricotando o céu
os carrosséis voláteis daquelas cores
em folhas orvalhadas celebrando
tamborete e clarins:
rede pendurada em sonhos!
A TEIA DO SONHO
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